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A Loucura tem nome



Loucos serão todos aqueles que não te viram como eu, que não te sentiram da mesma forma que eu, que não te olharam da mesma forma que te olhei…

Loucos serão aqueles que por ti passaram e que te não viram. Loucos serão todos os que te deram as mãos e te deixaram cair… no abismo… no teu abismo.

Loucos serão todos aqueles que não te amaram, que não te entraram alma adentro quando te deste a todos eles. Quando sorriste, quando contaste, quando amaste…. Quando simplesmente te entregaste…

E ninguém viu… nunca ninguém quis ver… nunca ninguém te entranhou, nunca ninguém te agarrou, nunca ninguém terá sentido a tua falta… como eu senti de ti…

Loucos serão aqueles que por ti não souberem esperar, que não te souberam dar um abraço profundo. Loucos serão todos aqueles que não viram o que de melhor existia em ti.

E aqui, enquanto escrevo estas linhas, recordo-te a meu lado… embalo a folha que escrevo, choro enquanto a tua imagem me surge… sinto saudades, saudades daquilo que fomos, daquilo que formámos, daquilo que anunciámos ao mundo…

Sinto-me louca, em todas as formas de o ser, sinto-te meu… tão meu que não consegues ver, tão meu porque és meu… porque te sei ver de todas as maneiras que nunca te quiseste mostrar… tão louca para te dizer que foste a única pessoa que me fez sentir a mundo abanar, a única pessoa que me fez voar nos meus sonhos, a única pessoa que me fez acreditar na loucura de amar alguém… intemporalemente e tão loucamente como este amor que é meu e que te dedico todos os dias, mesmo que não vejas… mesmo que os dias passem a correr o os anos nos envelhecam, tão loucamente como a pessoa que me fizeste sentir durante todo este tempo e espero que para sempre.

Vitória


Ás vezes gostava de ficar imortalizada no tempo, gostava que me imortalizassem, num quadro, num desenho, num esboço, numa escultura, até mesmo numa pintura rupestre. Temos sempre coisas para ensinar aos outros e somos espécies em vias de extinsão.
Que chatice!
Queria permanecer aqui, como os quadros que adoro, como as obras arquitectónicas que me enchem o espirito, queria ganhar as formas geladas dos objectos escultóricos, queria tão simplesmente “iluminar” um livro, num desenho meu a relevo, para que até os cegos me pudessem ver, ou resumir-me a um objecto de joalharia.
Às vezes necessitamos mesmo de ser “objectos”, de deixar de sentir, de ficar meio mortos e deixar apenas que nos olhem e nos comtemplem, nos amem, como eu amo tantas artes, tantos artistas, tantas pessoas que na minha vida se imortalizaram atráves de objectos. Poderia com tudo isto criar um Museu! Ao mesmo tempo que queria ser a obra principal de um qualquer artista, queria tanto que me pintasses naquela tela, que me tornasses grandiosa e intocável criando um espaço em minha honra, como se fazia às igrejas e aos templos, queria que me desses formas através do bronze. Queria fazer parte de todas as vidas que se seguem à minha e ser sempre a peça de arte de alguém, aquela que se comtempla, aquela por quem se suspira.

Ao Tempo



Enquanto olho as folhas sublinhadas do meu caderno de notas, penso no teu verdadeiro significado. E do tempo que tive para mudar a minha vida, o tempo que tive para dizer áqueles que mais amo, palavras de apresso. Penso no tempo que se evapora e que não se esgota. Penso no tempo que passa e que nos envelhece, todos os dias. Se não existisses, não teria aprendido tanto, não teria amado tanto e não teria errado tanto. Mas da mesma maneira que me tiras vida, dás-me ensinamentos. Tanta coisa que me ensinaste, em diferentes formas e em diferentes cores. Ensinaste-me a sorrir todos os dias para quem me merece, ensinaste-me a dar as mãos aos que mais de mim precisam, ensinaste-me a crescer, ensinaste-me a gostar de mim e a dar de mim aos outros, ensinaste-me o significado de uma carta de amor, ensinaste-me o prazer de ler um livro e de sentir uma lágrima escorrer-me pela cara, ensinaste-me a amar e a viver. E todos os dias sonho contigo, sonho com o Tempo, sonho que me podes dar sempre aquilo que mais anseio mas que me podes tirar aquilo que mais amo. Sonho com os teus poderes mágicos e ás vezes tenho medo de ti… E pertences-me, fazes parte de mim e daquilo que sou, aqui e agora.