Loucura...

Algo que nos mata...
Que nos dá vida...
Descompressão total,
Impropriamente saudável...
O bom de ser diferente...
O mau de não ser igual a ninguém...
Relatos internos confusos...
Preocupações sem consciência...
Julgamentos solitários...
Ódios e tentativas...
O não saber o que se é!!!
Onde se está e o que se quer...
O ir...
O ficar...
O ficar...
O ir...
O ser sofrido!!!
Culpas que ninguém sabe...
Telhados suspensos em cima de nada,
Aparados por um fio de uma navalha afiada
Com nódoas de sangue velho...
ressequido...
Que escorrem vagarosamente
Para um chão sujo e belo de uma sala...
Onde pessoas a fazer o pino,
Cantam uma melodia desconhecida,
Que nos faz dançar aquela valsa...
Aquele ritual repetitivo de sempre!!!
E enquanto nos movimentamos ao sabor,
Daquelas notas musicais coloridas...
Lembramo-nos do contrário...
Do estar quieto...parado...
Vem-nos a memoria o início de um Fim...
Uma cidade deserta...
Um grito...
Um eco...
O não conseguir respirar...
O olhar em volta...
O estar só...sempre!!!
È a cruz do ser diferente...
Tão bom...tão mau...
tão...
Diferente.

Eterno...

O meu olhar no teu enraizava-se num “Tuffe” que chamava…Dias antes, o meu nome entoava inúmeras vezes no ar...
Dias depois, desiludiste ao não te autenticares enquanto "destilava-mos", trocando e trocando-me, rias, como se algo ali existisse para rir, volto costas, e juro nunca mais ter, algo que não suportava deixar de ver…Um dia não são dias, e o outro parecia diferente, de vermelho não sentias mas todos os dias consentias…Olhares cruzados pareciam mentir a vontade de encurtar o meu espaço do teu, quando o contrario era o correcto sem saber…Deixei-me levar pelas palavras inexistentes, enquanto a vida quase sempre me fez sentir especial, e como de especial tudo tens, tudo estava disposto a dar sem pensar...Em dia de partida com volta, beijas-me e tudo ai se multiplicou num sentimento que perdura, dura, e teima sem teima de me abreviar sensações, desejando-te desde o primeiro dia em que o teu olhar fez parte do meu…
Olhar esperança em ti
Olhar avelã no teu
Tudo em ti vejo…
Tudo em mim sinto, tudo quero, tudo tenho e tudo te dou, não acho sentir mais que alguém, mas sou eu que sinto, e como não sinto apenas o que escrevo, amo…

Vida em peças...



És a peça que tanta falta me faz!


A tristeza pareceu querer matar-me aos poucos, a revolta borbulhou-me nas veias enquanto, a raiva me serrou os punhos.

A amargura essa? correu-me na raiva…


É duro lacrimejar assim, sem uma única resposta a tantas perguntas embebidas em sal…
Farto de questionar a vida pela partida, a revolta vai descontinuando aos poucos soando cada vez mais baixo.

A saudade essa? vinca cada vez mais a dor


Obrigado por teres cruzado a tua curta vida na minha amigo até sempre.

Coisas Eternas

Nada é eterno.
Nada fica perpétuo...
Cada instante se renova e se transforma,
Nesta loucura que é viver...
Onde vão estar estas letras?
Quanto tempo durarão?
Cada compasso,
Descompassa.
O "que" dura um minuto afinal?
Dura uma loucura?
Ou uma loucura dura um minuto?
Sem cor e sem cheiro de mar,
tudo é uma loucura.
E quanto dura?
Um compasso
Um instante
Uma cor
Um minuto,
descompasso.
A loucura.