Coisas


Já nem sei se do que tenho mais saudades é de ti ou de mim antes de teres aparecido na minha vida. Ou pensando bem, talvez tenha de ambas. O que é certo é que desta vez parece que nem sequer me recordo de ti, ou pelo menos não era assim que me tratavas. Ou talvez sempre tivesse sido e eu nunca tivesse conseguido ver. De certa forma até consigo compreender a capacidade que adquirimos em sermos cruéis.Normalmente com alguém que amamos... Obrigada por isso, por me amares tão incondicionalmente que me queres mal. Todos os dias, enquanto essa maldita dor de ambandono não se desvanecer. Até lá, vais odiar-me sempre. Mais e mais. Afinal precisas de mim agora como nunca precisaste. Mas agora já não me sentes lá, já não me vês ali sentada ao teu lado e a pestanejar na tua orelha. Agora, quando fechas os olhos já não consegues recordar o meu rosto. Não tenhas medo!! Acontece sempre que alguém nos abandona. Depois começas a recordar aqueles tempos, e sorris. Ainda que queiras muito fazer-me mal, ainda não conseguiste destruir aquilo em que acredito. E todo esse ódio é apenas e só o retrato cansado e velho de um amor. Fechamos os dois os olhos, amanhã nenhum de nós estará aqui.

Também eu quero adormecer!!

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