Coisas


Já nem sei se do que tenho mais saudades é de ti ou de mim antes de teres aparecido na minha vida. Ou pensando bem, talvez tenha de ambas. O que é certo é que desta vez parece que nem sequer me recordo de ti, ou pelo menos não era assim que me tratavas. Ou talvez sempre tivesse sido e eu nunca tivesse conseguido ver. De certa forma até consigo compreender a capacidade que adquirimos em sermos cruéis.Normalmente com alguém que amamos... Obrigada por isso, por me amares tão incondicionalmente que me queres mal. Todos os dias, enquanto essa maldita dor de ambandono não se desvanecer. Até lá, vais odiar-me sempre. Mais e mais. Afinal precisas de mim agora como nunca precisaste. Mas agora já não me sentes lá, já não me vês ali sentada ao teu lado e a pestanejar na tua orelha. Agora, quando fechas os olhos já não consegues recordar o meu rosto. Não tenhas medo!! Acontece sempre que alguém nos abandona. Depois começas a recordar aqueles tempos, e sorris. Ainda que queiras muito fazer-me mal, ainda não conseguiste destruir aquilo em que acredito. E todo esse ódio é apenas e só o retrato cansado e velho de um amor. Fechamos os dois os olhos, amanhã nenhum de nós estará aqui.

Também eu quero adormecer!!

Loucura...

Algo que nos mata...
Que nos dá vida...
Descompressão total,
Impropriamente saudável...
O bom de ser diferente...
O mau de não ser igual a ninguém...
Relatos internos confusos...
Preocupações sem consciência...
Julgamentos solitários...
Ódios e tentativas...
O não saber o que se é!!!
Onde se está e o que se quer...
O ir...
O ficar...
O ficar...
O ir...
O ser sofrido!!!
Culpas que ninguém sabe...
Telhados suspensos em cima de nada,
Aparados por um fio de uma navalha afiada
Com nódoas de sangue velho...
ressequido...
Que escorrem vagarosamente
Para um chão sujo e belo de uma sala...
Onde pessoas a fazer o pino,
Cantam uma melodia desconhecida,
Que nos faz dançar aquela valsa...
Aquele ritual repetitivo de sempre!!!
E enquanto nos movimentamos ao sabor,
Daquelas notas musicais coloridas...
Lembramo-nos do contrário...
Do estar quieto...parado...
Vem-nos a memoria o início de um Fim...
Uma cidade deserta...
Um grito...
Um eco...
O não conseguir respirar...
O olhar em volta...
O estar só...sempre!!!
È a cruz do ser diferente...
Tão bom...tão mau...
tão...
Diferente.

Eterno...

O meu olhar no teu enraizava-se num “Tuffe” que chamava…Dias antes, o meu nome entoava inúmeras vezes no ar...
Dias depois, desiludiste ao não te autenticares enquanto "destilava-mos", trocando e trocando-me, rias, como se algo ali existisse para rir, volto costas, e juro nunca mais ter, algo que não suportava deixar de ver…Um dia não são dias, e o outro parecia diferente, de vermelho não sentias mas todos os dias consentias…Olhares cruzados pareciam mentir a vontade de encurtar o meu espaço do teu, quando o contrario era o correcto sem saber…Deixei-me levar pelas palavras inexistentes, enquanto a vida quase sempre me fez sentir especial, e como de especial tudo tens, tudo estava disposto a dar sem pensar...Em dia de partida com volta, beijas-me e tudo ai se multiplicou num sentimento que perdura, dura, e teima sem teima de me abreviar sensações, desejando-te desde o primeiro dia em que o teu olhar fez parte do meu…
Olhar esperança em ti
Olhar avelã no teu
Tudo em ti vejo…
Tudo em mim sinto, tudo quero, tudo tenho e tudo te dou, não acho sentir mais que alguém, mas sou eu que sinto, e como não sinto apenas o que escrevo, amo…

Vida em peças...



És a peça que tanta falta me faz!


A tristeza pareceu querer matar-me aos poucos, a revolta borbulhou-me nas veias enquanto, a raiva me serrou os punhos.

A amargura essa? correu-me na raiva…


É duro lacrimejar assim, sem uma única resposta a tantas perguntas embebidas em sal…
Farto de questionar a vida pela partida, a revolta vai descontinuando aos poucos soando cada vez mais baixo.

A saudade essa? vinca cada vez mais a dor


Obrigado por teres cruzado a tua curta vida na minha amigo até sempre.

Coisas Eternas

Nada é eterno.
Nada fica perpétuo...
Cada instante se renova e se transforma,
Nesta loucura que é viver...
Onde vão estar estas letras?
Quanto tempo durarão?
Cada compasso,
Descompassa.
O "que" dura um minuto afinal?
Dura uma loucura?
Ou uma loucura dura um minuto?
Sem cor e sem cheiro de mar,
tudo é uma loucura.
E quanto dura?
Um compasso
Um instante
Uma cor
Um minuto,
descompasso.
A loucura.

A Loucura tem nome



Loucos serão todos aqueles que não te viram como eu, que não te sentiram da mesma forma que eu, que não te olharam da mesma forma que te olhei…

Loucos serão aqueles que por ti passaram e que te não viram. Loucos serão todos os que te deram as mãos e te deixaram cair… no abismo… no teu abismo.

Loucos serão todos aqueles que não te amaram, que não te entraram alma adentro quando te deste a todos eles. Quando sorriste, quando contaste, quando amaste…. Quando simplesmente te entregaste…

E ninguém viu… nunca ninguém quis ver… nunca ninguém te entranhou, nunca ninguém te agarrou, nunca ninguém terá sentido a tua falta… como eu senti de ti…

Loucos serão aqueles que por ti não souberem esperar, que não te souberam dar um abraço profundo. Loucos serão todos aqueles que não viram o que de melhor existia em ti.

E aqui, enquanto escrevo estas linhas, recordo-te a meu lado… embalo a folha que escrevo, choro enquanto a tua imagem me surge… sinto saudades, saudades daquilo que fomos, daquilo que formámos, daquilo que anunciámos ao mundo…

Sinto-me louca, em todas as formas de o ser, sinto-te meu… tão meu que não consegues ver, tão meu porque és meu… porque te sei ver de todas as maneiras que nunca te quiseste mostrar… tão louca para te dizer que foste a única pessoa que me fez sentir a mundo abanar, a única pessoa que me fez voar nos meus sonhos, a única pessoa que me fez acreditar na loucura de amar alguém… intemporalemente e tão loucamente como este amor que é meu e que te dedico todos os dias, mesmo que não vejas… mesmo que os dias passem a correr o os anos nos envelhecam, tão loucamente como a pessoa que me fizeste sentir durante todo este tempo e espero que para sempre.

Outra forma de arte

A grande maioria tende a esquecer-se (de forma muito inconsciente) que a arte não é apenas escrita, estátuas, monumentos ou pinturas. A imagem em movimento também o é... desde os seus primórdios. Desde o primeiro filme de ficção científica, em 1902 - o cinema tinha apenas uns 6 aninhos! e já fazia isto que vão ver -, até coisas igualmente maravilhosas que vemos hoje.

Por isso, a minha contribuição é a arte que mais aprecio: CINEMA (com a música como acompanhante).

Voyage dans La Lune (Viagem à Lua de George Méliès)



God Is a DJ! (da Double Edge Films)